O surgimento de um nódulo na tireoide geralmente significa o crescimento de um conjunto de células que podem surgir dentro de uma glândula tireoide normal.
Os nódulos tireoidianos podem ser encontrados durante um exame de rotina do pescoço realizado por um médico ou quando o paciente vai realizar algum exame de imagem, como ultrassonografia ou ressonância magnética. Ou menos comumente quando o próprio paciente nota algum caroço na região anterior do pescoço.
Uma vez diagnosticado, um nódulo da tireoide deve ser avaliado por um profissional especialista. É possível escolher um endocrinologista ou um cirurgião de cabeça e pescoço.
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Sintomas do nódulo de tireoide
A grande maioria dos nódulos tireoidianos são assintomáticos, ou seja, não produzem nenhum sintoma. Entretanto, alguns nódulos podem atingir grandes dimensões e provocar sintomas como:
- Dor ao engolir
- Dor na garganta
- Rouquidão
- Inchaço no pescoço
- Dificuldade de respirar.
Esses sintomas são sintomas de efeito local, devido ao tamanho do nódulo. Entretanto, quando o nódulo tireoidiano produz hormônios da tireoide ele pode provocar sintomas comuns ao hipertireoidismo.
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Como diagnosticar o nódulo da tireoide
Diante de um nódulo de tireoide, existem algumas questões que devem ser respondidas, são elas:
- Esse nódulo é um câncer de tireoide?
- O nódulo é grande o suficiente para causar sintomas locais compressivos?
- O nódulo produz hormônios?
Quando o médico está diante de um nódulo da tireoide, alguns exames vão auxiliá-lo a responder essas perguntas. Os principais são: exames de sangue, onde o médico irá solicitar o perfil tireoidiano (TSH, T3, T4, tireoglobulina, entre outros), além de uma ultrassonografia da tireoide.
Os exames de sangue são úteis para saber como anda o funcionamento hormonal da glândula tireoide. Dessa forma, também é possível saber se o nódulo trata-se de um nódulo secretor de hormônios.
Já a ultrassonografia da tireoide é um exame fundamental pois ela irá caracterizar o nódulo de maneira detalhada. Sendo assim, o médico poderá avaliar seu tamanho com precisão, ecotextura, ecogenicidade, dentre outros parâmetros ultrassonográficos que irão permitir ao médico decidir se será necessária uma punção de tireoide.
Muitas vezes o que existe na verdade é um crescimento da glândula tireoide à custa de múltiplos nódulos hiperplásicos, o que chamamos de bócio. Nestes casos, via de regra tratam-se de nódulos benignos.
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Suspeita de câncer em nódulo da tireoide
O fato de um nódulo da tireoide secretar hormônios fala muito a favor de ser um nódulo benigno, entretando, a suspeita de um câncer em nódulo da tireoide está muito relacionada às suas características à ultrassonografia da tireoide.
Os achados ao ultrassom que falam a favor de um tumor maligno da tireoide são:
- Nódulo de natureza sólida e hipoecogênica
- Presença de microcalcificações
- Contornos irregulares
- Altura maior que a largura
- Invasão da cápsula da tireoide
Nestes casos, onde existem características suspeitas de malignidade, é importante que seja prosseguida a investigação diagnóstica com procedimento de punção de tireoide.
Alguns médicos acham prudente solicitar uma ultrassonografia da tireoide com doppler para a caracterização dos nódulos. No entanto, já é comprovado que os parâmetros importantes de um nódulo ao ultrassom são aqueles visualizados ao modo B, conhecido também como “escala de cinzas”.
Apesar de fornecer informações adicionais, a ultrassonografia da tireoide com Doppler não acrescenta dados relevantes em relação à classificação do risco de malignidade desses nódulos e consequentemente à necessidade de se realizar uma paaf de tireoide.
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Tratamento e seguimento
A grande maioria dos nódulos de tireoide são benignos, devendo portanto fazer apenas seguimento com ultrassonografia, não sendo necessário procedimento cirúrgico.
Naqueles nódulos suspeitos à ultrassonografia, é importante que seja realizada a paaf de tireoide, pois exame exame consegue diagnosticar a natureza do nódulo – se benigna ou maligna.
Quando o diagnóstico da paaf for de um nódulo maligno, o tratamento de eleição é a cirurgia, conhecida como tireoidectomia, com uma sobrevida nesses pacientes superior à 90% em 5 anos. Nestes pacientes o uso de hormônios tireoidianos sintéticos se faz necessário.