O que é um Nódulo de Tireoide?
Quando utilizamos o termo nódulo de tireoide nos referimos a um crescimento anormal de células da tireoide que forma uma protuberância dentro da glândula. A grande maioria dos nódulos da tireoide são benignos (acima de 90%), sendo apenas uma pequena parcela deles diagnosticado como câncer. Com a finalidade de diagnosticar e tratar o câncer de tireoide na fase mais precoce, certos nódulos da tireoide precisarão de algum tipo de avaliação adicional.
O que é Glândula Tireoide?
A glândula tireoide é uma glândula endócrina em forma de borboleta, que está normalmente localizada na parte anterior e inferior do pescoço. A função da tireoide é fabricar hormônios, que são secretadas no sangue e, em seguida, transportados para todos os tecidos do corpo. Tais hormônios ajudam nosso organismo a usar corretamente a energia para manter-se aquecido, e permitir que o cérebro, coração, músculos e outros órgãos funcionem corretamente.
O que causa o Nódulo de Tireoide e qual sua prevalência?
Nós não sabemos o que provoca os nódulos de tireoide mas eles são extremamente comuns. Por volta dos 60 anos, cerca de metade da população apresentará um nódulo na tireoide, que poderão ser diagnosticados através do exame físico ou exames de imagem. Felizmente, mais de 90% destes nódulos são benignos. A tireoidite de Hashimoto, a causa mais comum de hipotireoidismo, está associada com um risco aumentado de nódulos da tireoide. A deficiência de iodo, conhecida como bócio, também é responsável por causar nódulos da tireoide.
Como é diagnosticado e avaliado um Nódulo de Tireoide?
Uma vez que o nódulo é descoberto, o seu médico irá tentar determinar se o resto de sua tireoide é saudável ou se a glândula está comprometida por alguma condição sistêmica, tais como hipertireoidismo ou hipotireoidismo. Seu médico irá avaliar sua tireoide ao exame físico para ver se a glândula está “crescida” ou se existe alguma área que sugira que um ou múltiplos nódulos estejam presentes. O médico pode ainda solicitar alguns exames laboratoriais iniciais, que podem incluir os níveis sanguíneos de hormônios da tireoide (T3 e T4) e o hormônio estimulante da tireoide (TSH), para determinar se sua glândula está funcionando normalmente.
Apenas os exames hormonais e o exame físico que o médico realiza em consultório não são suficientes para determinar se um nódulo de tireoide existe e, mais importante, caso exista, se este nódulo é maligno (câncer) ou benigno. Desta forma, exames adicionais devem ser solicitados para uma melhor caracterização dos nódulos, estes exames são a ultrassonografia da tireoide e a punção por agulha fina (PAAF) da tireoide guiada por ultrassom.
Ultrassonografia da Tireoide:
A ultrassonografia da tireoide é um exame fundamental para a avaliação de um nódulo tireoidiano. A ultrassonografia utiliza ondas sonoras de alta frequência para se obter uma imagem da tireoide. O primeiro passo da ultrassonografia é estabelecer se um nódulo de tireoide é preenchido por líquido (o que chamamos de cisto) ou se é de natureza sólida, podendo ainda determinar com precisão o seu tamanho. Além disso, a ultrassonografia consegue determinar se um nódulo é suspeito para câncer, pois algumas características visualizadas à ultrassonografia são mais comuns em nódulos malignos que em nódulos benignos. Uma vez que a avaliação inicial é concluída, a ultrassonografia da tireoide pode ser usada para acompanhamento daqueles nódulos tireoidianos que não requerem cirurgia para determinar se eles estão crescendo ao longo do tempo.
Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF) da Tireoide:
A Punção de um nódulo de tireoide por agulha fina (PAAF) pode parecer assustadora, mas a agulha utilizada é muito fina e pequena. Aqui no nosso serviço o procedimento de PAAF é feito após utilização de um anestésico local para trazer mais conforto ao paciente. Este procedimento é simples e feito em caráter ambulatorial (não precisa ficar internado ou em observação). Algumas vezes pode ser necessário suspender algum medicamento por alguns dias antes do procedimento. Caso contrário, a punção geralmente não requer nenhum outro preparo especial (não necessita de jejum). Os pacientes geralmente voltam para casa ou para o trabalho após a punção, sendo colocado no local apenas um pequeno curativo, denominado de blood stop (espécie de bandaid redondo). Durante a realização da punção por agulha fina (PAAF), o médico irá utilizar uma agulha muito fina para retirar células do nódulo tireoidiano. Normalmente as amostras são retiradas a partir de diferentes partes do nódulo, com o objetivo de aumentar o tamanho da amostra de células e facilitar a detecção de alterações, caso existam. Posteriormente, tais células serão examinadas sob um microscópio por um patologista.
Cintilografia da Tireoide:
A cintilografia é um exame da medicina nuclear que já foi frequentemente feito no passado para avaliar nódulos tireoidianos. Tal exame utiliza iodo radioativo, que é uma substância ativamente captada pela glândula tireoide e permite a um equipamento de imagem avaliar o nível de atividade da glândula e seu adequado funcionamento. No entanto, atualmente o uso da ultrassonografia da tireoide e da punção guiada por ultrassom tornaram-se os métodos de eleição para caracterizar os nódulos tireoidianos, ficando a cintilografia restrita a alguns casos específicos. A cintilografia tem um papel fundamental na avaliação de nódulos raros que secretam hormônios tireoidianos (causando hipertireoidismo), conhecidos como “hiperfuncionantes”. Neste caso específico, a cintilografia irá demonstrar que trata-se de um nódulo “quente”, ou seja, que capta ativamente e secreta hormônios da tireoide. Desta forma a avaliação por punção pode ser desconsiderada para estes nódulos. Entretanto, na grande maioria das outras situações, a ultrassonografia da região cervical e da tireoide, assim como a punção por agulha fina (PAAF), continuam sendo a melhor forma de avaliar todos os tipos de nódulos tireoidianos.
Como é tratado um Nódulo de Tireoide?
O tratamento dos nódulos de tireoide depende da sua natureza, ou seja, via de regra nódulos benignos deverão ser acompanhados enquanto que nódulos malignos ou suspeitos devem ser retirados através de cirurgia. Após a cirurgia, terapia com iodo radioativo pode ser utilizada para “destruir” alguma célula remanescente. Aqueles nódulos cuja ultrassonografia ou o resultado da punção (PAAF) foi evidenciado como benigno, podem ser acompanhados por ultrassonografia num prazo variável, geralmente de 6 a 12 meses. Já aqueles nódulos cujo diagnóstico foi de câncer, o tratamento envolve sua retirada através de técnica cirúrgica específica (tireoidectomia). Entretanto, alguns nódulos mesmo com um diagnóstico de benignidade, podem ser retirados cirurgicamente. Isso acontece quando tais nódulos apresentam crescimento considerável durante seu acompanhamento ou quando apresentam características indeterminadas à punção.
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